quarta-feira, 12 de maio de 2010

Pragas brasileiras 4


A propósito da postagem anterior: nessa viagem a Foz do Iguaçu, saímos do Brasil 4 vezes: fomos uma vez ao Paraguai e três vezes à Argentina.


Impressionantes diferenças e contrastes entre países tão próximos. Para entrar e sair da Argentina, temos que parar na fronteira argentina, mostrar a identidade ou carteira de motorista, o funcionário confere todos os passageiros, como entendo que deve ser. Puerto Iguazu é uma cidade arrumada, limpa e organizada. A estrada que leva ao parque das Cataratas argentinas é muito boa, o parque é muito organizado, tudo funciona muito bem.


Já no Paraguai, esculhambação total. A feira de Ciudad del Este começa já na ponte, antes mesmo do posto de fiscalização, que estava vazio de policiais. Entramos e saímos e ninguém perguntou nada, ninguém pediu documentos, coisa nenhuma. Poderíamos ter entrado e saído com qualquer coisa que ninguém perceberia nada. Por onde consegui andar dentro de Ciudad Del Este, percebi que toda a cidade se parece com a feira da vinte e cinco de março de São Paulo, só que com muito mais camelôs, e muito mais agressivos. O único lugar decente é o Shopping Del Este, que fica exatamente atrás do prédio da alfândega paraguaia.


Mas o que mais me espantou, mesmo, foi a total ausência de fiscalização no lado brasileiro. Ninguém nos parou, ninguém pediu um documento, nada. Saímos e entramos do Brasil 4 vezes e ninguém viu. Não é à toa que o contrabando naquela região é tão forte.


Aliás, não é de hoje que observo esse fato. Quando viajei ao exterior de avião para Portugal, a PF até verifica o passaporte, mas não o carimba, nem na entrada, nem na saída. E se eu precisasse comprovar que saí do país em um determinado período? Como fazer?


Que país o nosso...