sábado, 22 de fevereiro de 2020

A retroescavadeira e a política brasileira




Olá, meu leitor!

Dois fatos me chamaram a atenção esta semana, que retratam bem a situação política atual no Brasil, com a devida repercussão da chamada extrema imprensa brasileira.

O primeiro foi a indignação seletiva com um comentário infeliz feito pelo presidente Bolsonaro, que fez um trocadilho com sentido sexual a respeito de uma repórter da Folha de São Paulo, que gerou memes e mais memes e reações inflamadas da oposição, que tentaram converter o fato em agressão universal às mulheres, absurdo total, falta de respeito, blá blá bla e mimimi.

Entretanto, esse mesmo grupo de indignados nada disse quando o autoexilado ator José de Abreu, apoiador de longa data da esquerda brasileira, esculachou sua colega Regina Duarte, com palavras duras e ofensivas por ela ter aceito ser ministra da cultura do governo Bolsonaro.

Também não vi nenhuma indignação do mesmo grupo quando o ex-presidente Lula referiu-se a uma colega sua, mulher, do seu partido, de ter “o grelo duro”.

E ainda outra: a terrível ofensa feita a Ministra Damares, quando disseram que os pais dela não deveriam ter feito sexo para que ela não nascesse.

Essa falta de indignação também se viu quando uma policial militar, mulher, foi assassinada, na mesma época da vereadora Marielle Franco, mas que não mereceu uma linha sequer na imprensa de indignação pela sua morte – não era de esquerda...

O segundo fato foi o ato impensado do senador Cid Gomes, que tentou derrubar um portão de um quartel com uma retroescavadeira, em Fortaleza, pondo em risco a vida de dezenas de pessoas, tendo que ter sido alvejado para parar.

O que a imprensa noticiou? Cid Gomes foi alvejado! Nenhuma linha sobre o ato irresponsável perpetrado por ele, pondo em risco de vida dezenas de pessoas que estavam no local, dos dois lados do portão, inclusive seus próprios apoiadores!

Novamente, houve indignação seletiva tanto de políticos, quanto de candidatos a candidato, como da imprensa. Parece até que foi coisa sem importância, que já sumiu do noticiário. Se fosse um apoiador do Bolsonaro que tivesse usado a retroescavadeira, já tinha sido pedida intervenção da ONU no país.

Essas coisas cansam e irritam profundamente o cidadão de bem, que só quer viver e trabalhar em paz. O povo cansou das narrativas, das tentativas de destruição dos valores tão caros para a família brasileira em geral, das tentativas de tapar o sol com a peneira, de empurrar de goela abaixo da população valores que só interessam às minorias que os defendem, na contramão do senso comum cristão, que é a fé abraçada pela grande maioria da população.

Mas a guerra continua. Ainda teremos outros episódios como estes, infelizmente...

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Morre o cantor e compositor Tunai



O cantor e compositor Tunai morreu na manhã deste domingo, 26 de janeiro, de causas ainda não confirmadas, em sua casa, no Rio de Janeiro. Segundo o produtor Bruno Felga, responsável pela agenda de shows de Tunai, o músico não tinha nenhum problema de saúde e a morte foi uma surpresa para a família.
O horário e local do velório ainda não forma definidos. Mas deve haver uma cerimônia no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, e outra na cidade natal de Tunai, Ponte Nova, Minas Gerais.
Irmão de João Bosco, Tunai teve a música como parte de sua vida desde a infância. Sua mãe, Maria Auxiliadora de Freitas Mucci, a dona Lilá, tocava violino num grupo de serestas e mantinha também um coral.
Seu principal parceiro, Sergio Natureza, foi apresentado por João Bosco em 1977. Com ele, compôs seus maiores sucessos, como "Se eu disser", famosa na voz de Fafá de Belém; As aparências enganam", gravada por Elis Regina; e principalmente "Frisson", tema da novela "Suave veneno", de 1984. A canção ganharia muitas versões ao longo dos anos, nas vozes de artistas como Elba Ramalho e Ivete Sangalo.
Também cantor, ficou mais conhecido como compositor, tendo sido gravado pelas maiores estrelas da música brasileira nos anos 1980, entre elas Gal Costa ("Eternamente" e "Olhos do coração"), Fagner ("Azul da cor de um blues"), Jane Duboc ("Doce mistério"), Emílio Santiago ("Perdão") e Zizi Possi ("Numas").
Em 2019 fez turnê por várias cidades do país com o espetáculo "Saudade de Elis", em dueto com o pianista Wagner Tiso.
Tunai, descanse em paz...