quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Orgulho de ser nordestino


Orgulho de ser nordestino. Esta frase hoje resume tudo o que estão sentindo os nordestinos que trabalham com doenças infecciosas, especialmente com a raiva humana.

Estou em Águas de Lindóia, estância hidromineral de São Paulo, bem próximo à fronteira com Minas Gerais, participando do III Seminário em comemoração ao dia mundial de combate a raiva, organizado pelo Instituto Pasteur, laboratório de referência nacional para raiva humana e animal.

Neste seminário foi apresentado oficialmente o primeiro protocolo nacional do mundo, o brasileiro, baseado em uma experiência americana bem sucedida de tratamento de um caso de raiva humana, pelo Dr. Rodney Willoughby, chamado de protocolo de Milwaukee.

Este protocolo brasileiro foi baseado na primeira experiência bem sucedida de tratamento da raiva no Brasil, feito por um médico intensivista recifense, Dr. Gustavo Trindade Henriques Filho, que lutando contra todas as adversidades técnicas, de desaparelhamento do Hospital Osvaldo Cruz, da descrença de muitos colegas médicos, que consideraram a tentativa como “loucura”, ele acreditou na possibilidade de curar o doente e enfrentou a situação. Hoje, após um ano do início do quadro, o garoto de 16 anos está curado, livre da infecção. Ainda apresenta seqüelas apenas motoras, que lentamente estão regredindo com fono e fisioterapia.

Pelo fato deste primeiro tratamento ter sido feito com sucesso em Recife, este protocolo nacional brasileiro foi batizado oficialmente de Protocolo de Recife.

Parabéns ao Dr. Gustavo Trindade Henriques Filho, pela coragem e heroísmo deste feito histórico, que já inscreveu indelevelmente o nome do Brasil na história da Medicina brasileira e mundial.

São fatos destes que nos enchem de esperança que nem tudo está perdido nesta terra brasilis, especialmente neste pedaço de chão tão sofrido e tão querido, que é Nordeste do Brasil.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Novos ares para a aviação brasileira


Quem muito vive, muito vê. Eu, que nem me acho tão velho assim, já vi tanta coisa que até me assusta às vezes.
O mundo muda muito rápido, e a cada dia muda mais rápido. Quando eu viajei de avião pela primeira vez, as companhias eram Varig, Cruzeiro, Vasp e Transbrasil. A gente andava arrumado, serviam refeições quentes, em pratos de louça e talheres de metal personalizados. Naquele tempo, os homens viajavam de terno, usando maletas de executivo. Surgiu a TAM, que manteve o padrão.
Depois chegaram as companhias aéreas ditas "low cost", com preços mais baixos e refeições de bordo idem (barrinhas de cereais e afins): BRA, Gol e mais recentemente Web Jet e Azul. As pessoas passaram a viajar mais à vontade, algumas carregam até travesseiros pacotes de lanche, tipo salgados, biscoitos e água mineral.
Depois, acabaram-se uma a uma Cruzeiro, Transbrasil, Vasp e finalmente, Varig. Só ficaram as novatas.
Esta semana eu comprovei, definitivamente, o fim de toda uma era da aviação: a Gol está cobrando pelo serviço de bordo. Você tem direito apenas à fatídica barra de cereal ou amendoim e refrigerante, água ou "suco" mancha pulmão. Se você quiser vinho, ou um sanduíche, tem de pagar na hora, em dinheiro ou cartão de crédito.
Bons tempos que não voltam mais...