Hoje, 11 de abril, é o dia do Infectologista. Para marcar a data, publiquei aqui um texto que escrevi para o jornal do Hospital do Açúcar, onde trabalho.
Obrigado pela visita!
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Médico infectologista
Os microorganismos acompanham os seres humanos desde
o início da evolução. Costumam viver em
harmonia conosco e, em muitas situações, estas associações são benéficas a nós,
como é o caso das bactérias intestinais, que impedem a fixação de bactérias
patogênicas intestinais e ainda produzem substâncias imprescindíveis para nós,
como a vitamina K.
Em outras situações, porém, esses microorganismos
são causa de doenças em seres humanos. Existe uma grande variedade deles, a
saber:
Helmintos e platelmintos
(popularmente conhecidos como vermes), causadores das parasitoses intestinais,
como o Ascaris, Enterobius, Taenia etc;
causam doenças extra intestinais, como a esquistossomose, cisticercose etc;
Protozoários, como a ameba,
giárdia, os causadores das doenças de Chagas, toxoplasmose, calazar, entre
outros;
Bactérias, que são a causa
mais comum de infecção; podem acometer qualquer órgão e/ou sistema do corpo,
como causa de pneumonia, infecção urinária, sepse, gastroenterite, amidalites,
sinusites etc; podem ainda causar doenças definidas, como a meningite
meningocócica, pneumonia por Pneumococo, leptospirose, sífilis, gonorréia,
cancro mole, tétano etc;
Vírus, como a AIDS, gripes,
resfriados, verrugas, gastroenterites, hepatites (A, B, C e outras), HTLV e
outros, como varicela, sarampo, caxumba, herpes, mononucleose,
citomegalovirose, raiva etc;
Fungos, como os causadores
de micoses cutâneas, Candida, e outras doenças, como a paracoccidioidomicose,
esporotricose etc;
Outros agentes infecciosos,
como os príons, causadores da doença da vaca louca.
A ciência está sempre descobrindo novos agentes infecciosos, ou estes agentes às vezes fazem surpresa e aparecem em lugares onde não existiam, como é o caso do vírus Chikungunia, que recentemente entrou em nosso país.
O médico especialista no tratamento destas doenças é
o infectologista. Este profissional pode atuar como clínico, tratando pacientes
em consultório e unidades de internação, desde enfermarias até unidades de
tratamento intensivo. Pode ainda atuar no ensino universitário em várias
disciplinas e também como assessor de programas de controle de doenças
transmissíveis das secretarias de saúde. Atua, ainda, como responsável pelo
setor de controle de infecção hospitalar de clínicas e hospitais.