Finalmente, após longa espera, a FAB implementou a navegação baseada em performance, que reduz substancialmente o tempo dos aviões em rota, economizando muito combustível e, ainda, reduzindo a emissão de gás carbônico na atmosfera.
Este é o maior projeto de
reestruturação de um espaço aéreo controlado já empreendido no País: a
implementação da chamada Navegação Baseada em Performance (PBN –
Performance Based Navigation) no Sul do Brasil realizada pelo
Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).
O
primeiro voo a ser beneficiado com as mudanças foi de uma aeronave da
Força Aérea Brasileira que realizava um transporte de órgãos para
transplante e que decolou de Dourados (MS) para Guarulhos (SP),
ingressando na Terminal São Paulo às 2h25. Com as novas rotas, o tempo
de voo diminuiu em 15 minutos, o que é muito importante para esse tipo
de missão.
A redistribuição e otimização de aerovias e procedimentos de navegação aérea em cerca de 1,8 milhão de Km2 de espaço aéreo ratifica de vez, às aeronaves com tecnologia embarcada e tripulação capacitada, o voo orientado por satélites e sistemas digitais de performance de bordo na região.
Rotas mais curtas também impactam em outras variáveis importantes. Com a redução dos tempos de viagem, as aeronaves diminuem o consumo de combustível e, consequentemente, os custos de voo. De acordo com os cálculos do Subdepartamento de Operações do DECEA, a redistribuição dessas estradas do céu reduzirá o consumo de combustível das aeronaves em 2 mil toneladas por ano.
A quantidade é significativa porque a queima de querosene está diretamente relacionada à emissão de dióxido de carbono na atmosfera. O DECEA estima que, em face da redução dos trajetos e do tempo das viagens, cerca de 6.500 Toneladas de CO2/ano a menos deixarão de ser despachadas no céu.
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