Olá, meu leitor!
Um autor anônimo escreveu e eu encontrei, navegando pelos mares bravios da internet. Achei muito interessante e reproduzo aqui. Se alguém souber quem é o autor, por favor me diga, para os devidos créditos.
Realmente, o português não é para amadores...
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"Entre doidos e doídos, prefiro não acentuar".
Às vezes, não acentuar parece mesmo a solução.
Eu, por exemplo, prefiro a carne ao carnê.
Assim como, obviamente, prefiro o coco ao cocô.
No entanto, nem sempre a ausência do acento é favorável...
Pense no cágado, por exemplo, o ser vivo mais afetado quando
alguém pensa que o acento é mera decoração.
E há outros casos, claro!
Eu não me medico, eu vou ao médico.
Quem baba não é a babá.
Você precisa ir à secretaria para falar com a secretária.
Será que a romã é de Roma ?
Seus pais vêm do mesmo país ?
A diferença na palavra é um acento; assento não tem acento.
Assento é embaixo, acento é em cima.
Embaixo é junto e em cima separado.
Seria maio o mês mais apropriado para colocar um maiô ?
Quem sabe mais entre a sábia e o sabiá ?
O que tem a pele do Pelé ?
O que há em comum entre o camelo e o camelô ?
O que será que a fábrica fabrica ?
E tudo que se musica vira música ?
Será melhor lidar com as adversidades da conjunção ”mas” ou
com as más pessoas ?
Será que tudo que eu valido se torna válido ?
E entre o amem e o amém, que tal os dois ?
Na sexta comprei uma cesta logo após a sesta.
É a primeira vez que tu não o vês.
Vão tachar de ladrão se taxar muito alto a taxa da tacha.
Asso um cervo na panela de aço que será servido pelo servo.
Vão cassar o direito de casar de dois pais no meu país.
Por tanto nevoeiro, portanto, a cerração impediu a serração.
Para começar o concerto tiveram que fazer um conserto.
Ao empossar, permitiu-se à esposa empoçar o palanque de
lágrimas.
Uma mulher vivida é sempre mais vívida, profetiza a
profetisa.
Calça, você bota; bota, você calça.
Oxítona é proparoxítona.
Na dúvida, com um pouquinho de contexto, garanto que o
público entenda aquilo que publico.
E paro por aqui, pois esta lista já está longa.
E eu finalizo: viva a língua portuguesa, a última flor do Lácio, inculta e bela!