Olá, meu leitor!
Depois de um longo período de inatividade deste blog, volto aqui. Continuo vivo e bem, graças a Deus. O coronavirus botou minha vida na roda...
O ano de 2020 foi, sem dúvida, o ano do coronavirus. Esse vírus chinês colocou o mundo de joelhos, muitos de pernas pra cima e afetou a vida de todo o planeta, de diferentes maneiras e intensidades. Nunca na minha vida sequer imaginei, um dia, entrar mascarado num banco e sacar dinheiro!
Coisas que só existiam em planejamentos futuros tiveram que ser implantadas de imediato – o mundo, mais do que nunca, é virtual. Hoje fazemos compras, reuniões de trabalho, reuniões de lazer, encontros científicos (alguns nem tanto, mas deixa pra lá...), trabalhamos, pela internet. Muitas empresas fecharam seus escritórios físicos e a produtividade aumentou. Amigos advogados me contam que seus processos na Justiça nunca andaram tão rápido como agora.
O isolamento obrigatório também serviu de gatilho e palco para as mais variadas manifestações de solidariedade, como os artistas que fizeram shows beneficentes; mas também serviu para muita gente bem e mal intencionada fazer propaganda de suas “verdades”...
Para outros, no entanto, como eu, o trabalho aumentou, e muito. Estes meses foram de trabalho muito duro para as equipes de saúde em todo o mundo. Estamos na linha de frente, no olho do furacão, na linha de tiro. Muitas vezes, me senti como aquele soldado, na guerra, que está na trincheira, atirando no inimigo, que também está atirando. Muitos de nós foram contaminados e vários destes, infelizmente, não sobreviveram...
Este “novo normal”, que espero que não perdure, distanciou fisicamente as pessoas e deu-nos a oportunidade de sentir o quanto somos importantes uns para os outros. Que saudade de poder dar um abraço em nossos pais e mães, naquela tia querida, daquelas reuniões de família barulhentas, das nossas salas de aula, da praia, do passeio no parque...
Este tempo de isolamento serviu de reflexão para muitos. O mundo, definitivamente, não será o mesmo após a pandemia. Espero que, após a tão sonhada vacina, a gente possa voltar a andar sem máscaras, a fazer aglomerações, a cumprimentar as pessoas.
Adeus, 2020! A Deus, 2021!