Esta semana foi triste para os nordestinos e para o Brasil: morreu seu Lunga, o sujeito mais mal humorado do mundo, que vivia em Juazeiro do Norte, Ceará, onde tinha um pequeno comércio de usados. Ele foi poeta e repentista.
Ele nasceu em Caririaçú, Ceará, em 1927 e faleceu no último dia 22 de novembro em Barbalha. Seu apelido vem do apelido de infância, Calunga, depois abreviado.
Ele próprio declarou em uma rara entrevista que a maioria das estórias que lhe atribuíam eram falsas; o difícil é escolher qual a melhor.
Vai aqui a minha homenagem com as melhores estórias, na minha opinião.
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Seu Lunga vem pela rua com um litro de leite e é interpelado pelo vizinho:
- Seu Lunga, vai tomar um leitinho?
- Não, vou lavar o chão! - e derrama o leite pela calçada...
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O telefone toca e seu Lunga atende:
- Alô?
- Quem fala?
- Você!
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Seu Lunga chega no bar e pede uma cerveja. O garçom pergunta:
- Seu Lunga, quer copo?
- Não, bote no chão e traga no rodo!
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Seu Lunga chega numa loja:
- Tem veneno pra rato?
- Tem, o senhor vai levar?
- Não, vou trazer os bichinhos pra comer aqui!
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Um cliente pergunta:
- Seu Lunga, pode tomar banho com esse relógio?
- Isso é relógio, num é sabonete!
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Seu Lunga é acordado pela esposa de madrugada:
- Lunga, acorda, tá me dando uma coisa!
- Receba!
- Mas, Lunga, é uma coisa ruim!
- Devolva!