Esta frase teria sido dita pelo General Charles de Gaulle,
presidente francês em 1962, no contexto de uma contenda entre França e Brasil
por causa da pesca da lagosta em águas brasileiras por barcos franceses. O
Brasil não é um país sério. E ele tem razão até hoje.
No dia 09 de maio de 2016, o presidente interino da
Câmara dos Deputados, deputado Waldir Maranhão, protagonizou um dos espetáculos
nonsense e de oportunismo como há muito não se via: ele tentou anular a sessão
da Câmara dos Deputados que decidiu pela abertura do processo de impeachment da
presidente Dilma Roussef, depois da sessão encerrada e do processo já estar
tramitando na outra casa do Congresso, o Senado Federal. Uma trapalhada daquelas! Primeiro, porque ele não pode, mesmo como presidente em exercício, anular
uma sessão plenária; somente o plenário da Câmara é que poderia fazê-lo, e por
maioria absoluta. Segundo, porque o processo já foi enviado ao Senado e já está
tramitando lá; somente o Senado, se detectasse alguma falha processual, é que
poderia devolver o processo para correção.
Como reação imediata, o seu partido, o PP, já marcou reunião
para expulsá-lo da legenda e a própria Câmara dos Deputados deve abrir processo
de cassação do mandato contra ele.
Que razões obscuras teriam levado o deputado Waldir Maranhão
a tomar tal atitude destemperada e intempestiva? Nas vésperas do anúncio desta
medida, revogada em 12 horas, tal a repercussão negativa que gerou na Câmara e
na sociedade brasileira, o deputado presidente interino visitou longamente o
ex-presidente Lula e o advogado geral da União. O que teriam conversado?
Até quando daremos razão ao general Charles de Gaulle?...
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